sexta-feira, 10 de setembro de 2010

pequeno poema biográfico

 por Ana

Nunca antes fora menina
entre criança e mulher não houve hiato;
somente força torneando os seios de mãe
a vulva larga, quente, desenhada à prole vindoura.
Seu sangue jamais fora escasso
jorrava de dentro feito queda d´água
líquido e sólido em vermelho fechado
e ela, em seu silêncio mais íntimo
gostava.
Nunca antes fora menina
talvez agora seu corpo rogue um pouco
a inocência desconhecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário