terça-feira, 7 de setembro de 2010

do primeiro óbito.

 por Ana

Vinte e um anos
mais nada.
Não ficou dor, nem mágoa
tampouco sorriso.
A cara desexpressada estampada no papel.
Não houve bilhete, posto que antes as palavras vinham em excesso.
Eu havia entendido tudo.
Naquela época, considerava-me homem de certa sabedoria.
Hoje, não sei.
A menina partiu sem esperar.
Não quis festa
despedida
não quis adeus.
O dia seguinte era roupa branca despencada do edifício alto.

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