domingo, 17 de outubro de 2010
salto.
Por Ana
Se minh´alma esvair-se sob águas revoltas
Como no escuro, estrela evanescente
Em alvas teias orgânicas me enovelo
Sou um quarto de lua crescente.
Não há espaço
a linha do horizonte não alcança o crepúsculo
Do corpo em brasa sou febre
Da areia que escalda, molusco.
Então subo ao alto da construção
Vomito minha cólera aos deuses do vento
Atiro ao vento minha vida, em vão.
Na calçada, poça de sangue espessa
os braços, imóveis em necrose
e no meio da rua, um pedaço de cabeça.
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