terça-feira, 22 de novembro de 2011

Para mim.


Por Silvia Badim

Mais um ciclo, ciclo vermelho de 35. 
Ciclo que chega quente de desafios e intensidades sem rosto. 
Ciclo que me conta que o tempo é velho, que o tempo é novo, que o tempo é tempo de se fazer inteira. Abro os braços para o novo, desnuda e de pernas bambas. 
Que venha, que venha o que for para chegar. 
E que venha vivo. 
Axé.
Desenho encadernado de Ana Vasconcellos

Recebi ricos presentes das amadas Kalu Brum e Pérola Boudakian, que aqui registro. 
Presentes que enaltecem, que falam com a alma e me abraçam macios. 
Obrigada minhas queridas, por tudo. Essa troca é que faz tudo valer a pena. 


Por Kalu Brum

Ela me revelou as entranhas
Tão estranhas quanto as minhas
Pegamos a caneta e escrevemos
Com o sangue pulsante de nós
Segredos das sombras
Da fêmea aprisionada

Nos libertamos das amarras
Voamos em direções diferentes
Complementares colhendo
No orvalho da manha
Cores infinitas

Ela tem 35
3 o numero de quem se busca no alicerce sagrado
5 a mudança que se manifesta no corpo e na alma
Soma o 8, o infinito que nos move

Que nesta nova jornada
Vc encontre a leveza
O assovio da alma
Que a vida seja doce e atroz
Como vc é


Te amo, Sil, 
ô Sil da vida de tanta gente.

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Por Pérola Boudakian

Ela tem alma pulsante
Uma coisa de entranhas
De inteireza
De estranhamento
Feito a vida que dá e toma
Refaz, ressurge e faz ajoelhar
Um não sei o quê de dor
De amor, de reviravolta
De entrega
De sutilezas
De percorrer o corpo
E arrepiar a alma
É assim.
É feliz quando dá
Chora quando pode
É pessoa-mulher: inteira, verdadeira, dolorida.
Só assim que é possível.
Transformada e do avesso
Acariciando os sonhos
E brincando com o medo.
Pessoa-mulher: te desejo a felicidade fugaz de ser inteira e verdadeira
Parabéns!!!



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